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Gado da raça crioula lageana marca presença na Expolages 2014

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O gado crioulo lageano tem tido participação cada vez mais efetiva nas últimas edições da Expolages, e nesta, não foi diferente. Porém, os 16 animais trazidos para a feira, servem apenas para exibição e divulgação do trabalho de reprodução das duas variedades, a mocha e a aspada. Os visitantes podem conhecer a espécie junto ao Pavilhão Clóvis da Costa Ribeiro. Trata-se de uma raça com boas características de rusticidade, fertilidade e com grande resistência a algumas doenças parasitárias, além de excelente qualidade da carne. O rebanho catarinense está concentrado entre a Serra e o Oeste e responde por 80% do total. São pouco mais de 3 mil cabeças.

Segundo o médico veterinário, Edison Martins, presidente da Associação de Criadores da Raça Crioula Lageana (ABCCL), as pesquisas para o fomento da carne, são animadoras. Tanto, que já está sendo construído um projeto voltado para o mercado consumidor, com produtos e subprodutos derivados desses animais. “Sabemos que são poucos ainda, mas não estamos preocupados com volume de produção, ou com a oferta constante. A produção em cadeia poderá ser ofertada somente em períodos sazonais”, salientou.

Como parte da história, vale dizer que a raça crioula dominou o campo nativo do Sul até o início do século 20, quando começaram a ser introduzidas as primeiras raças europeias no país. Foram trazidos e largados aos milhares por colonizadores portugueses e espanhóis até meados de 1730. Por muito tempo o gado ficou disperso, e se procriando, até ser novamente domesticado.

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Central de Inseminação

A montagem do Centro de Coleta e Processamento de Sêmen e Embriões foi feita em Ponte Alta, na Serra Catarinense, e tornou-se num grande reforço na multiplicação da variedade crioula lageana. É uma empresa particular, de propriedade do veterinário Edison Martins. Conforme ele mesmo explicou, a instalação foi para suprir uma necessidade dos criadores locais, uma vez que a Central de Indaial, fechou. “O atendimento é para qualquer espécie. A Central possui uma capacidade de produção de até 6 mil embriões por dia. Atualmente estamos processando cerca de 500 a 600, diariamente”, destacou Edison Martins.





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