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Mercoleite terá recurso de R$ 100 mil

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Nesta quarta-feira (17/04), começa em Lages a 17ª Mercoleite, evento que ocorre até domingo e reúne concurso leiteiro, julgamento e comercialização de animais. De acordo com a organização, neste ano estarão disponíveis R$ 100 mil em financiamento para negócios no Parque de Exposições Conta Dinheiro, no bairro de mesmo nome, somente em negociações.

O evento irá reunir produtores de toda Santa Catarina, que é hoje quinto maior produtor de leite no Brasil, com produção diária de 6 milhões de litros. Cerca de 2 milhões são produzidos na região Oeste, e a Serra Catarinense, mesmo tendo potencial e qualidade genética de destaque, responde por uma pequena fatia do mercado, com produção diária em torno de 100 mil litros.

Em todo o estado, são aproximadamente 60 mil produtores e, na Região Serrana, este número não chega a mil. Com 30 anos de tradição no mercado leiteiro, a família do produtor André Ricardo Hoeschel sempre deu atenção especial a dois pontos: o cuidado com a alimentação e o constante melhoramento genético do gado, para garantir a produção de leite com qualidade crescente.

O rebanho leiteiro de Hoeschel conta com 25 animais das raças Jersey e Jersolanda, que produzem em média entre 450 a 500 litros por dia. Se hoje a produção de André  Hoeschel é considerada de médio porte, há algumas décadas sua família foi destaque no estado.

“Tenho a expectativa de voltar a crescer, minha estrutura é para tirar de 1.200 a 1.300 litros por dia”, afirma.

Dirigente aposta na tecnologia

Para garantir a qualidade do produto que irá vender, André Hoeschel conta com o apoio de um zootecnista, que constantemente faz avaliações nos animais, identifica os defeitos e as características desejadas para cada um. “Uma vez identificado o defeito, podemos encontrar um touro específico para corrigir, gerando novilhas com mais qualidade do que a das mães”, completa.

Para o presidente da Aproleite e do Núcleo da Associação Catarinense dos Criadores de Bovino (ACCB) em Lages, Décio da Fonseca Ribeiro, os produtores precisam se conscientizar de que devem buscar tecnologia e se adequar para aproveitar os benefícios que a região oferece.

“O importante é que o produtor use a tecnologia a seu favor, iniciando pela boa comida, o manejo dos animais, sanidade (bem estar animal) e até mesmo a genética apurada. Assim terão animais que produzirão bastante leite e com longevidade, sem precisar serem descartados precocemente”, avalia.

Evento em três pilares

O coordenador da Mercoleite, Humberto Silveira de Souza, explica que o evento é baseado em três pilares: o concurso leiteiro, o julgamento e a comercialização de animais.

O concurso é dividido em duas categorias: animais jovens (com até 36 meses) e animais adultos (acima de 36 meses). Para se chegar ao vencedor, antes do julgamento serão feitas quatro ordenhas, uma a cada oito horas iniciando, na quinta-feira pela manhã, em cada um dos animais participantes.

“Das quatro ordenhas, é retirada a maior e feita uma média de produção das três restantes, totalizando um período de 24 horas. Com a maior produção de leite é escolhida a campeã”, explica.

O objetivo do julgamento de animais é selecionar os melhores nas raças Jersey e Holandesa. Os animais escolhidos, futuramente se tornarão matrizes reprodutoras para produção de leite.

A venda de gado leiteiro, diferente da de gado de corte, não é feita por remate, mas por meio de venda nos galpões. “Os produtores levam os animais e deixam no galpão para participar das outras duas partes do evento. No período que eles ficam no parque acontecem as negociações”.

Segundo Humberto de Souza, neste ano será disponibilizado um recurso do Governo do Estado, no valor de R$ 100 mil, para os produtores, através do Fundo do Desenvolvimento Rural, para que possam efetuar a compra de animais. O recurso é como um financiamento e, após a compra, o produtor tem até três anos para pagar ao Estado.

Fonte: http://www.clmais.com.br/





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