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Governo do Estado renova parceria com criadores de ovinos

Lages – O Governo do Estado renovou a cedência de técnicos da Epagri para auxiliar os criadores de ovinos. O convênio foi assinado na noite da última quarta-feira (2), na Associação Rural de Lages, pelo secretário da Agricultura, João Rodrigues, pelo presidente da Epagri, Luis Hasman, e pelo presidente da Associação Catarinense de Criadores de Ovinos, Francisco Nerbas. “Estamos buscando formas de incentivar o agronegócio, e a renovação do convênio se deve ao fato de acreditarmos na ovinocultura. Santa Catarina já superou muitos estados na qualidade da genética, e o grande desafio é se tornar referência no fator quantitativo”, destacou o secretário João Rodrigues.

O convênio garante a disponibilização de técnicos para fornecer auxílio aos criadores nas propriedades rurais. De acordo com o presidente da associação, muitos criadores já teriam abandonado a atividade se a parceria não existisse. “A contratação de um profissional custa caro, e esse apoio do Governo serve como incentivo”, ressalta Francisco Nerbas. Segundo ele, Santa Catarina vem conquistando vários prêmios em eventos realizados em todo o Brasil, o que garante a comercialização de animais reprodutores para outros estados. “É uma conquista que se deve ao trabalho dos técnicos da Epagri”, conclui.

Atualmente, os ovinos oriundos do Estado atendem a 50% da demanda interna. O restante é importado. O presidente da Epagri, Luis Hesman, acredita que a atividade pode se desenvolver, e pede que os interessados em criar os animais encaminhem projetos ao Estado. “A ovinocultura é rentável, e hoje existem programas, como o juro zero, que facilitam a implantação de novas atividades”, diz Hesman. Retenção das matrizes O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Ovinos (ACCO), Francisco André Nerbas ressalta que os criadores de Santa Catarina precisam agir como os gaúchos que estão comprando matrizes e retendo-as, visando duplicar ou até triplicar seus rebanhos em 10 anos. Pois, nossos rebanhos comerciais em SC embora tenham excelente genética não passam de 300 mil cabeças, num montante de 9 mil criadores. “Se um frigorífico pedir mensalmente cerca de 300 a 400 cabeças, só da região serrana não é possível fazer a entrega. E a situação fica ainda pior na entressafra.”, salienta.

Os criadores de ovelhas ainda estimam, que mesmo com a retenção das matrizes por 10 anos, não será possível garantir um rebanho capaz de abastecer o mercado interno. Porém, o mercado de ovinos atualmente está favorável ao criador. Para eles, na comparação de um boi, no mesmo lugar podem ser criadas 5 ovelhas. Além disso, o animal tem apenas 5 meses de gestação e mais cinco meses para a terminação. Ou seja, em 10 meses, se tem cinco ovelhas prontas para o mercado consumidor, enquanto que o boi nesse período está apenas nascendo. Já quanto ao preço, a carne está em torno de R$ 5,00 o quilo, e lã, em torno de 3 dólares o quilo, coisa que no passado recente não valia nada. “Os ovinocultores de SC têm tudo para voltarem aos bons tempos e retomarem o patamar das grandes produções”, conclui.

(Por Fábio Ramos e Paulo Chagas)

Fonte: http://www.lagesrural.com.br/





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