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Mais de trinta mil pessoas passam pelo 46º Rodeio de Santa Isabel

O rodeio contou com novidades, como o 1º Torneio de Laço Individual Nenzo Só, em homenagem ao fundador da festa

Após quatro dias de festa, terminou ontem a 46ª edição do rodeio de Santa Isabel, promovido pelo CTG Mangueira Velha, no Parque Nenzo Sá, em São Joaquim, na Serra Catarinense. De acordo com os organizadores, cerca de 30 mil pessoas de toda a região Sul do Brasil passaram pelo parque.

O rodeio é hoje um dos principais eventos tradicionalistas do Estado. Conta com atrações artísticas, musicais, culturais e campeiras. Além disso, destaque para o tradicional carreteiro e churrasco de ovelha, servido de graça às pessoas que estiveram na abertura do rodeio.

Uma ampla estrutura foi montada no parque, que possui 370 mil metros quadrados de área, para atender aos visitantes, com água luz e banheiro. Só na área do camping, aproximadamente, 5 mil pessoas estiveram acampadas em 1.200 barracas instaladas.

Na parte campeira, uma das novidades foi a disputa do 1º torneio de laço individual que recebeu carinhosamente o nome de Duelo de Aço Nenzo Sá, em homenagem ao grande fundador da festa. Nenzo morreu em março do ano passado.

O torneio de laço atraiu mais de 200 equipes de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e até do Mato Grosso do Sul (MS). As disputas envolveram todas as categorias e duraram quatro dias, com premiação aos melhores colocados.

As atrações

Dentre as atrações musicais, destaque para Giancarlo Orsolleta, Ricardo Porto, Pátria Sulina, João Luiz Correia, Entrevero Serrano, Pedro Valderas, Ivonir Machado e  Grupo Rodeio, além da Sesteada da Canção Nativa, que reuniu mais de 30 participantes.

Rodeio movimenta a economia

A festa também movimentou a economia da região. Mais de 40 barracas foram montadas no parque e comercializaram produtos como chapéus, botas, lenços e bombachas, entre outros acessórios.

A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros também auxiliaram no evento.
O patrão do CTG, Antônio Coelho Lopes Júnior, o Bota, disse estar satisfeito com o rodeio, que superou as expectativas de público. “Os resultados foram positivos. Esse sucesso representa o esforço de todos que ajudam no evento”, comentou.

Ele sustentou que a festa é um dos símbolos do tradicionalismos na região. “O rodeio representa a cultura de nossa região, e não é apenas do CTG Mangueira Velha, mas de todos os serranos. É  um ambiente ideal para o encontro das famílias e amigos”.
Para o próximo ano, Bota adiantou que vai trabalhar para implantar a cancha de gineteada, que este ano não foi criada por causa de uma restruturação feita na cancha de laço.

Oito dias a cavalo

O rodeio de Santa Isabel recebeu cavalgadas de mais de 10 cidades do Estado, totalizando cerca de 200 cavaleiros. O grupo de Palhoça, por exemplo, veio ao evento com 18 tropeiros, todos da mesma família, dentre eles, o aposentado Eduardo Alfredo Schultz, o Didi.

Conforme ele, que vem ao evento há 26 anos, foram 270 quilômetros até Santa Isabel. A viajem durou 8 dias. Salão de igrejas e ginásios de esporte, por exemplo, foram os pontos de parada para pernoite. Dentre os tropeiros está o bisneto de Didi, de apenas cinco anos de idade.

“Amanhã (ontem) estamos voltado, mas já com saudades para voltar no ano que vem”, disse Didi, que tem 76 anos de idade. Segundo ele, nem bem termina uma, o grupo já começa a planejar a cavalgada do ano seguinte com destino ao rodeio de Santa Isabel.

Fonte: http://www.clmais.com.br





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