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Produtores ainda têm dúvidas quanto ao Programa Juro Zero

Lages – A partir de reivindicação do próprio setor nasceu o Programa Juro Zero, do Governo do Estado, visando estimular o crescimento da atividade. O problema é que o projeto até agora, apesar dos esforços, não atingiu o esperado na busca dos financiamentos junto ao Banco do Brasil. Para tentar esclarecer todas as dúvidas existentes sobre o Programa, a Associação Rural de Lages promoveu uma reunião, na manhã desta terça-feira (17), entre diretores do próprio Banco, produtores e técnicos da Epagri e particulares.

Como a linha de crédito encerra no dia 31 de maio e o Banco do Brasil tem pouco menos de 45 dias para promover as operações, o tempo passou a ser um dos mais sérios entraves para que sejam superadas todas as etapas burocráticas para elaboração do projeto, segundo explicou o gerente de Agronegócio do banco em Santa Catarina, Marcelo Canto. “Nossa intenção é orientar os produtores interessados e ajuda-los na superação da burocracia, que é normal em qualquer operação de crédito, especificamente nessa linha que é bastante atrativa”, salienta. Ainda conforme o representante do Banco do Brasil existe à disposição dos produtores R$ 850 milhões.

No entanto, apenas R$ 15 milhões foram utilizados, e, desse montante, R$ 14 milhões foram empregados fora da agropecuária. “Santa Catarina é o único Estado que tem o bônus do juro zero, e a limitação do prazo para a montagem do projeto técnico, mais a emissão dos documentos, sem contar as demais etapas na formulação do cadastro, se torna uma séria preocupação para quem ainda pretende se utilizar do benefício concedido pelo Governo”, reforça Marcelo Canto. Poder Público precisa ser parceiro Por outro lado, os produtores levantaram outras questões que precisam ser superadas, além da burocracia do projeto.

Segundo eles, é preciso que o Poder Público seja igual parceiro no apoio estrutural do interior, conservando estradas e pontes, garantindo o direito de ir vir, especialmente no escoamento da produção, além de garantir energia, telefone e internet. “Não adianta investirmos na propriedade se depois não temos condições de circular com nossos produtos. Até mesmo nossos empregados têm dificuldades em mandar um filho para a escola”, exemplificaram. Outro problema trata da Averbação Legal, que por hora não está sendo exigida devido à espera da aprovação do novo Código Florestal Brasileiro. Mas o georreferenciamento se faz necessário.

Por fim, um novo entrave acabou abrindo uma polêmica: a da queima de campo. Ou seja, quem efetua a queima está impedido de pleitear recursos pelo projeto juro zero, e, como a maioria dos produtores rurais da região faz o procedimento da queima, a questão passou a merecer atenção especial e emergencial. “Independente dos problemas colocados, aconselho a todos procurarem o Bando do Brasil ou a Epagri para examinar caso a caso, mas não perderem a oportunidade dessa assistência financeira à nossa classe”, ressaltou o presidente da Associação Rural, Márcio Pamplona.

Mais informações: Associação Rural – Fone: 3225 3802 Assessoria de Imprensa

Fonte: http://www.lagesrural.com.br/





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