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Governo do Estado apoia projeto para desenvolver produção da erva-mate e do pinhão na Serra

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O Escritório de Inovação, instalado na sede da Secretaria e Estado de Desenvolvimento Regional – SDR São Joaquim irá desenvolver seu primeiro projeto de fomento ao desenvolvimento sustentável da Região. “O objetivo é proporcionar um verdadeiro crescimento, que incorpore as dimensões econômica, ambiental e social”, destacou a secretária Regional, Solange Scortegagna Pagani, durante a assinatura do protocolo de intenções para fortalecer as cadeias produtivas, gerando renda e reduzindo o impacto ambiental, de dois produtos típicos da região: a erva-mate e o pinhão. O ato de assinatura aconteceu na segunda-feira, 10, em São Joaquim, resultado de uma parceria entre o Governo do Estado de Santa Catarina, por intermédio da Companhia de Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina (Codesc) e SDR São Joaquim, Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi) e Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.

Com a assinatura do documento, é dado mais um importante passo para colocar em prática um projeto elaborado pela Fundação Grupo Boticário e a Fundação Certi para o desenvolvimento regional e a redução dos impactos ambientais da produção de pinhão e erva-mate. “Sabemos que esses dois produtos são típicos da região Sul do Brasil e têm importância econômica. Mas, também, reconhecemos que as cadeias produtivas têm potencial para serem muito mais benéficas, tanto para a comunidade local quanto para a natureza”, explica Malu Nunes, diretora executiva da Fundação Grupo Boticário, instituição sem fins lucrativos de atuação nacional que tem como missão promover e realizar ações de conservação da natureza. De acordo com dados de 2011 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Santa Catarina produziu 36.117 toneladas de erva-mate no período, gerando um valor de R$ 15,184 milhões. Já a produção de pinhão, no mesmo período, foi de 2.476 toneladas, com um retorno de R$ 2,785 milhões.

A iniciativa envolverá diversos atores das cadeias produtivas da erva-mate e do pinhão: produtores rurais; pequenas e médias indústrias – entre as locais e as de atuação nacional e internacional; redes de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos; além de investidores e representantes do poder público. Para integrar os diferentes atores envolvidos, o projeto prevê a incubação de uma nova instituição, que terá papel de facilitadora, promovendo o fluxo de informações, estratégias e boas práticas em toda a cadeia. “Em uma ponta serão organizados os produtores rurais, que passarão a receber orientação e apoio para adotarem práticas de produção com impacto reduzido para o meio ambiente. Com a adoção dessas práticas, eles passam a ter acesso a um mercado diferenciado, formado por uma coalizão de grandes empresas compradoras, interessadas em insumos sustentáveis e com rastreabilidade”, explicou Malu.

Além de reduzir a pressão sobre a Floresta com Araucárias, o projeto vai gerar impactos positivos, promovendo a inovação e a agregação de valor a esses produtos. “E com a valorização desses itens, também será possível garantir a conservação de diversas espécies de vegetais e de animais que integram a Floresta com Araucárias. Alguns exemplos são o papagaio-do-peito-roxo e o papagaio-charão, espécies ameaçadas que dependem diretamente da conservação dessa floresta”, ressaltou Malu.

A capacitação dos integrantes da instituição facilitadora será feita pela Fundação Certi, instituição de tecnologia aplicada e inovação, que desenvolve soluções para a iniciativa privada, governo e terceiro setor. “Buscamos desenvolver um ambiente de inovação, mas com foco no desenvolvimento de cadeias da sociobiodiversidade”, afirmou Marcos Da Ré, diretor do Centro de Economia Verde da Fundação Certi.

O presidente da Codesc, Miguel Ximenes, ressaltou que além da fauna e da flora, a própria sociedade é a maior beneficiária da conservação da biodiversidade. “As áreas naturais protegem as nascentes que garantem a água que bebemos; oferecem a nós oxigênio e conforto térmico; e também contribuem para a formação de solos férteis que sustentam a agricultura. Além disso, as belas paisagens naturais incentivam o ecoturismo, que movimenta as economias regionais”.

Malu Nunes destacou ainda a importância da parceria firmada para a execução do projeto. “Nós da Fundação Grupo Boticário reconhecemos que conservar esses importantes serviços ambientais é um desafio imenso, que não se consegue superar sozinho. Por isso, estabelecemos parcerias para que mais instituições contribuam nessa causa. Com a assinatura deste documento estamos fortalecendo a parceria que já temos com a Fundação CERTI e recebendo a adesão do mais importante órgão deste estado: o Governo do Estado de Santa Catarina, por intermédio da CODESC e SDR São Joaquim”.

Fonte: http://saojoaquimonline.com.br/





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