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2014 será ano decisivo de ações contra embargos à carne do Brasil

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Segundo a Abiec, exportações devem bater novos recordes em volume e faturamento

Com o fechamento de 2013 atingindo recorde de 1,5 milhão de toneladas de carne exportada e faturamento que ultrapassou meta estabelecida inicialmente de US$ 6 bilhões (ao todo US$ 6,6 bi), a Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne (Abiec) prevê, além de novos recordes, que 2014 seja um ano decisivo nas negociações em relação aos países com embargos ao produto brasileiro.

Segundo o presidente da Abiec, Antônio Jorge Carmadelli, o setor está disposto a “elevar o tom das discussões”, com base nas leis que regulamentam o comércio internacional, com países como o Japão, Coreia e Taiwan, os maiores importadores de carne do mundo, que usam o argumento de status de aftosa para vetar a compra do produto brasileiro. “Estamos em conformidade para atender a qualquer exigência que esses países possam fazer para importar a carne do Brasil. O Japão está identificado como um dos países que bloqueia os nossos acessos sem alegações que sejam aceitas pela OMC (Organização Mundial do Comércio)”. Atualmente, 18 países possuem embargo total ou parcial nas importações de carne bovina do Brasil.

Sobre o embargo da China, um dos maiores parceiros comerciais do Brasil, Camardelli avalia que o maior impacto não foi no volume em si, mas pela ausência do produto brasileiro nas gôndolas dos supermercados. “O mercado chinês tem uma demanda grande por carne gourmet, de um gado confinado”, destaca.

Já a Europa, desde o início da crise econômica, tem reduzido a participação do filé mignon e carnes mais nobres em detrimento de cortes mais simples e miúdos. “Nenhum dos competidores internacionais, nem Estados Unidos, nem Austrália, nem índia, tem hoje condições de dar uma resposta tão imediata como tem o Brasil a essas variações de mercado. A Índia é um grande exportador, mas não tem qualificação técnica para entrar em alguns mercados”, afirma Camardelli.

Sobre a abertura de novos mercados ainda no primeiro semestre do próximo ano, o presidente da entidade ressalta uma agenda cheia e otimista. “Vamos receber missões da China ainda este mês e Arábia Saudita em fevereiro. Também temos indicativos de que as negociações com o mercado americano deverá avançar, o que nos permite contar com a abertura de ai menos um grande mercado ainda na primeira metade do ano. Estamos tecnicamente prontos para atender ao mercado norte-americano de carne in natura”.

Estão previstas ações da Abiec no próximo ano nos Emirados Árabes, Rússia, China, Espanha, Irã, Chile e França, que fazem parte de parcerias com a Agência Brasileira de Promoções de Exportações e Investimentos (Apex) para promover a carne brasileira em outros mercados relevantes.  A entidade também tem planos para consolidar e incrementar os mercados de grandes importadores como Venezuela e Irã, mas que vivem um momento delicado, especialmente no âmbito alimentar.

A Abiec prevê um crescimento de 20% no faturamento de exportações de carnes no próximo ano (1,8 milhão de toneladas) e alcançar um faturamento de US$ 8 bilhões. O recorde na receita deste ano, que vai fechar com cerca de US$ 6,6 bilhões, já representa um crescimento de 12% em comparação com 2012. Em nível de volume, o incremento foi de 19,5% em relação ao ano anterior. Hong Kong, Rússia, União Europeia e Venezuela foram, nesta ordem, os quatro maiores compradores da carne bovina brasileira de janeiro a novembro de 2013. Com um crescimento de 400% nas exportações em menos de dez anos, o Brasil atingiu a liderança no ranking mundial de vendas internacionais de carne bovina.

Fonte: http://revistagloborural.globo.com/





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